O brigadeiro é um doce típico da
culinária brasileira, de origem paulista, o qual rapidamente se difundiu pelo
resto do país, tornando-se comum em todo o país a sua presença em festas de
aniversário, junto com doces como o cajuzinho e o beijinho. É conhecido também
no Rio Grande do Sul pelo nome de negrinho.
Os ingredientes do brigadeiro são
leite condensado, chocolate em pó, manteiga e chocolate granulado para a
cobertura. Pode ser feito tanto no fogão quanto no forno de micro-ondas.
Hoje em dia tem muita gente
fazendo brigadeiro para vender e lucrando muito. Os brigadeiros gourmet entrou
no mercado para ficar. Também não é para menos, são muito mais gostosos do que
os brigadeiros comuns.
A origem do nome
"brigadeiro" é ligada à campanha presidencial do Brigadeiro Eduardo
Gomes, candidato da UDN à Presidência da República em 1946.
Conforme relatam historiadores da
alimentação, o nome seria uma homenagem ao brigadeiro Eduardo Gomes. Durante a
candidatura do militar à presidência da República pela União Democrática
Nacional, um grupo de mulheres paulistanas do bairro do Pacaembu que eram
engajadas na campanha do candidato organizaram festas para promover sua
candidatura.
O doce teria sido criado por
essas mulheres durante a primeira campanha do candidato à presidência, pela
conservadora União Democrática Nacional, logo após a queda de Getúlio Vargas.
A guloseima, feita de leite
condensado, manteiga, açúcar e chocolate em pó, inicialmente feita como uma
forma de arrecadar fundos para a campanha, rapidamente ganhou popularidade e se
espalhou pelo resto do país junto da campanha do Brigadeiro.
Como as festas dos
correligionários e cabos eleitorais eram muito disputadas pela população, estes
logo começaram a chamar os amigos para irem comer o "docinho do
brigadeiro". Com o tempo, o nome "brigadeiro" se tornou tão
associado ao doce que o mesmo passou a ser conhecido apenas como
"brigadeiro". Apesar do apoio recebido, Eduardo Gomes foi derrotado
nas eleições, tendo a eleição sido vencida pelo então general Eurico Gaspar
Dutra.
Tal versão é reforçada não só
pelo contexto político da época (em que São Paulo, ainda com a memória recente
da Revolução de 1932, tinha forte engajamento de sua população contra Getúlio
Vargas e seu candidato, o General Dutra), mas também pelo próprio contexto
econômico e material da época.
Era justamente no Estado de São
Paulo em que se encontravam as duas únicas fábricas brasileiras de leite
condensado (as Fábricas da Nestlé em Araras e em São Paulo, fundadas em 1921),
além de ser na cidade de São Paulo em que era fabricado o notório
"Chocolate do Padre" (nome popular do chocolate citado em grande
parte das receitas antigas do doce), o qual era produzido pela Fábrica Gardano
(fundada na capital paulistana também em 1921, junto com a fábrica da Nestlé).
Conforme relata a historiadora da
alimentação Daniela Ferreira, "as prescrições da receita sugerem que o
brigadeiro foi criado em São Paulo, por conta da fábrica Gardano, fundada na
capital paulistana em 1921, junto com a fábrica da Nestlé", o que
efetivamente tornou materialmente possível a criação do mesmo no Estado de São
Paulo.